quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

33ª Sessão Online do BG

AS 7 MORTES DE PEDRO, O MENINO QUE COLECIONA CRÂNIOS DE VACA

Sinopse: um menino e sua teoria de que existem apenas 7 formas de morrer.

Gênero: ficção
Direção: Fabricio Brambatti
Ano: 2012
Duração: 5'
País: Brasil

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

32ª Sessão Online do BG


AINDA, O NATAL


Sinopse: Em tempos de crise, como será esta época para o Pai Noel?

Gênero: animação
Direção: Cláudio Sá
Ano: 2011
Duração: 1’
País: Portugal

sábado, 15 de dezembro de 2012

Última Sessão do Ciclo Ho ho ho!

Fim do ano chegando e a gente em ritmo de coração de Noel. Pra fechar nosso Ciclo Ho ho ho! e comemorar a última sessão de 2012, vamos realizar um Filme Oculto! 

Buraqueiros, (isso é válido só pra quem estiver presente na sessão, viu?)o primeiro que adivinhar o filme surpresa que rolará dia 18 de dezembro na Casa de Cultura de Nova Iguaçu levará pra casa um presente do Buraco! Embrulhado e cheio de coisas bacanas!

Além disso, logo após a sessão rola pocket show com Maurício Galo e seu incrível repertório Asfaltando Dor Pequena. Voz e violão pra cantar junto e misturado.

E aí? Descubra se for capaz!






SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 18 de dezembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

31ª Sessão Online do BG

CÂMARA VIAJANTE


Sinopse: Documentário que retrata o universo e o ofício dos fotógrafos populares que atuam nas festas, feiras e romarias do interior nordestino. A visão do artista do retrato pintado, suas técnicas e seu trabalho.

Gênero: Documentário
Direção: Joe Pimental
Ano: 2007
Duração: 20'
País: Brasil

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Babilônia 2000

Na manhã do último dia de 1999, uma equipe de cinema sobe o morro da Babilônia, no RJ. Nele existem duas favelas - Chapéu Mangueira e Babilônia. Durante 12 horas, cinco câmeras digitais, espalhadas pelo morro, registram os preparativos para o réveillon. Os moradores fazem um balanço de suas vidas e expressam suas expectativas para o ano 2000.

Melhor Documentário, no Grande Prêmio BR de Cinema em 2000:





domingo, 9 de dezembro de 2012

2º Filme do Ciclo Hohoho!


Em Babilônia 2000, Coutinho impôs algumas modificações na sua forma de filmar. Decide, em função mesmo da natureza do projeto - filmar a passagem do ano 1999/2000 no morro da Babilônia - dividir a filmagem com outras quatro equipes. O que pode sugerir a seguinte pergunta: o que se passa com a autoria de um documentário feito de imagens técnica e estéticamente heterogêneas, com vozes e entonações diferentes elaborando questões desiguais? O que faz essa diversidade ser, afinal, um filme de Eduardo Coutinho? A lei antropofágica - "só me interessa o que não é meu" - pode fornecer uma pista: filmar outras experiências de mundo para além das nossas, filmar o outro, parece ser, no cinema, o que desde sempre atraiu Coutinho. Multiplicar as equipes, os pontos de vista sobre o mundo a ser filmado, interagir com os personagens de várias formas, mesmo se nada disso tenha sido pensado à priori, intensificou esse movimento de sair de si, atingindo dessa vez a próprio figura do diretor-autor, que se fragmentou, se deslocou, descentralizando uma onipresença até então natural.

Nessa filmagem, ao princípio espacial da locação única (morro da Babilônia), somou-se um princípio temporal - realizar as filmagens em menos de 24 horas - e um princípio técnico/econômico - utilizar indiscriminadamente diferentes tecnologias digitais. Para Coutinho, se houvesse filme, ele teria de surgir dessa limitação espaço-temporal-tecnológica, dessa "prisão", o que implicou em muitas tensões e alguns riscos. O maior deles foi, em função do tempo de filmagem, o da superficialidade. Pois, em um certo sentido, Babilônia 2000 é quase oposto à Santo Forte, que coloca em cena 13 personagens, selecionados previamente depois de uma longa pesquisa e montados em longos depoimentos. 

As diferenças entre os dois processos de filmagem nos permitem, para além de qualquer julgamento de valor, vislumbrar as qualidades de um diretor que se permite tantas modificações em um curto espaço de tempo. Não que tudo se mova, mas há permanências e mudanças que são interessantes de serem apontadas. Babilônia 2000 reúne muito mais personagens do que Santo Forte, com intervenções diferentes. Um personagem como "People" por exemplo, citado no início desse artigo, tem apenas uma rápida participação, mas o que ele nos diz faz ressoar algo fundamental no filme, que é a vontade de falar e a força inventiva no uso da língua. Há personagens com os quais temos um contato bem mais longo, como é o caso de Dona Djanira, que conheceu Jucelino Kubicheck no "triplex" onde trabalhava, que lembra da história da mãe que "engomava o pai para ir para farra, pois o homem é da rua", mas diz que com ela não, ela não aceitaria uma situação assim, "nana-nina-não". A filha Cidinha fala de sua educação "elegante", "fui criada nesse estilo, compreende? Vestidinha, limpinha, cheirosinha...". As imagens da câmera que acompanhou Coutinho possuem uma estabilidade maior, uma qualidade mais "apropriada", com poucos movimentos de câmera, enquanto as que foram realizadas pelas outras equipes são perpassadas por uma instabilidade de base, estão sempre em movimento, perdem o foco em muitos momentos. Diferenças técnicas/estéticas muitas vezes imperceptíveis para o espectador e completamente desprezadas por Coutinho durante o processo de montagem. O que conta é a força dos personagens, como é o caso de Carolina, faxineira, mãe de duas belas filhas, que nunca ficou sozinha, que a bagunça da casa lembra "a de Charles Chaplin", que pinta o cabelo ao mesmo tempo em que prepara a ceia, que manda roupas para "o nordeste porque lá é muito pobre"; ou Roseli, que descasca batatas na porta de casa, e descreve sua relação com a comunidade da seguinte maneira: "nós fomos criadas aqui, nós nascemos aqui, nós não somos mais produtos do meio, mas fomos criadas no meio e não esquecemos o meio. A gente não vive mais no meio, eu e ela, mas meus pais moram aqui. (...)". Do seu modo, faz uma análise da religião no Brasil, descreve o que seria um país melhor, mostra a casa. Dois depoimentos longos e complexos com personagens entrevistados totalmente ao acaso, sem qualquer contato prévio. Eis alguns exemplos que indicam como a ideia de superficialidade, de superfície ganha, nesse filme, um outro sentido, radicalmente positivo. Um corte em profundidade não é necessariamente mais revelador do que a superfície, plena de sinais de vida, dor, saúde, doença. A radiografia informa, mas um bom médico pode diagnosticar pela cor da pele, pelos olhos, por efeitos na superfície do corpo e também pelo que é dito, pela linguagem.

Babilônia 2000 é resultado de um dispositivo, criado por Coutinho, frágil, mas absolutamente fecundo e libertador para quem quer fazer cinema. Mostra que é possível se transformar a cada filme, mantendo no entanto alguma coisa. Não uma ideia, um tema, um modo de fazer, mas um certo movimento que faz do cinema uma arte cada vez mais impura, aberta ao mundo, à diferença, ao imponderável, ao presente.

(Resenha escrita por Consuelo Lins, doutora em cinema e audiovisual pela Universidade de Paris 3 e documentarista. Retirada daqui.)

SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 11 de dezembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

sábado, 8 de dezembro de 2012

O Buraco é Fundo, Acabou-se o Mundo!

A profecia está lançada: O Buraco de hoje vai ser do c@r#lh%! Nada de ficar no Facebook reclamando que tá quente. É véspera de fim do mundo!! Tudo junto e misturado ao som de Charanga do Caneco, filmes e setlist de DJ BiOn! Se é pra morrer, que morremos com estilo: cerva gelada, rock'n'roll, marchinha e aquele amigo pra chamar de seu, HOJE, no Anania's Bar. Chega junto, o Buraco é Fundo, Acabou-se o Mundo!


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

30ª Sessão Online do BG

Criada em parceria com a desenvolvedora de games Unity usando seu novo software Unity 4.0 3D software. O filme é uma homenagem aos bons filmes de ação que tiveram inícios nas décadas de 1970 até 1990. A música é um heavy metal: Grim Reaper com o vocalista Steve Grimmett.

O Efeito Borboleta (animação)


Sinopse: Sujeito comum acorda numa manhã e percebe que precisa comprar leite. Uma sequência de eventos causados por uma borboleta faz estrago gigantesco nas ruas de São Francisco.

Gênero: animação
Direção: Dan Sumich
Ano: 2009
Duração: 3'
País: Inglaterra

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

1º Filme do Ciclo Hohoho!

Fim de ano. Fim de mundo. A gente só tem uma coisa a dizer: Hohoho! Vai ser boa a festa, hein?




"Este não é o filme da minha vida, é apenas o meu filme de estréia."
(Selton Mello)



domingo, 2 de dezembro de 2012

Feliz Natal

A estréia de Selton Mello na direção de longas-metragens não deixa margem para dúvidas quanto à filiação do Selton diretor frente a dois filmes onde o Selton ator foi parte importante da criação: Lavoura Arcaica, de Luis Fernando Carvalho; e O Cheiro do Ralo, de Heitor Dhalia. 

De Lavoura, vêm a fotografia e a trilha sonora hiper-presentes como elementos de sobresignificação e de desejo construção de um universo essencialmente cinematográfico, além do ambiente da família e seus traumas como elemento catalisador dos dramas em cena (além da presença na tela de Leonardo Medeiros como protagonista, claro). 

Já de Cheiro do Ralo vêm uma estrutura dramática calcada nos jogos de poder e violência entre os personagens, sempre no sentido de um esgarçamento das relações, além de uma construção de cena que pensa cada cena como um pequeno palco para a performance dos atores (...)

O filme começa com alguns planos rápidos e hiperaproximados de corpos que se esfregam, além de uma grua elegante que esquadrinha o espaço de um ferro-velho. Logo, o personagem de Leonardo Medeiros, que havíamos visto no ferro-velho, chega a uma festa de Natal, onde aos poucos vamos entendendo as relações. A festa é filmada com uma câmera nervosa e expressivamente próxima dos corpos, usando de uma montagem cheia de picotes entrecortados. Vamos tendo acesso a pedaços de situações apenas, a diálogos que se referenciam a um passado de ressentimentos generalizados e que sinalizam um estado de perversão latente (a proximidade dos corpos de mãe e filho, o olhar dele para a sobrinha, as relações extra-conjugais somente subentendidas). Logo, porém, na medida em que a festa se aproxima de um final bombástico, os cortes rápidos são substituídos por um longo plano-sequência que em grande parte acompanha Darlene Glória no papel de uma mãe de família completamente entregue aos barbitúricos e álcool, quase fora da realidade.

Tanto num primeiro momento como no outro, Feliz Natal expõe de saída seu funcionamento estrutural: ele se propõe como exemplar de um cinema da performance. Performance dos atores, pois praticamente todos têm um momento para solar em cena, momentos que funcionam como se quase tudo parasse para que assistamos a um discurso de Darlene Glória, a uma réplica de Lúcio Mauro, a uma dança de Cláudio Mendes, a um surto de Thelmo Fernandes, a uma intervenção inteligente e/ou fofa das crianças. Mas também performance dos elementos artísticos do filme: a câmera que chama a atenção para seu trabalho com o foco e com a proximidade dos corpos, a fotografia que chama a atenção para seu uso dos grãos e do escuro, a montagem que chama a atenção para seus cortes abruptos ou raccords inesperados, a trilha sonora que chama a atenção para seus acordes dramáticos. Como resultado, Feliz Natal é um filme que funciona quase o tempo todo na hiperatividade, no perigoso jogo de afogar o espectador numa catarse dos elementos cênicos.

É claro que esta opção é um dado inicial do filme, e não algo a ser elogiado ou criticado por si mesmo. E que este desejo de catarse da linguagem se irmana ao momento de catarse familiar e pessoal vivenciado pelos personagens: se tudo em Feliz Natal é over, isso começa com os personagens e suas experiências. No entanto, deve-se perguntar sempre a um filme: por que esta opção pela catarse em si? Afinal, como dado, a “ficção da família disfuncional” já é hoje algo tão batido e estabelecido quanto a da “família feliz” um dia foi – e Selton Mello parece sempre consciente disso, tanto pelas influências com as quais dialoga abertamente, quanto até por colocar na boca do personagem de Darlene Glória em determinado momento uma piada com o próprio termo da “disfunção”.


Não é por acaso, então, que no meio a uma constante histeria de registro e de vivências de personagens, Feliz Natal faz questão de apostar aqui e ali na ponta solta, na sutileza de construção possível. É o ódio paterno que mais se subentende do que explica, é a vivência passada com os amigos que mais se alude do que mostra, é acima de tudo a presença de alguns personagens que, dois tons abaixo, conseguem uma curiosa empatia no meio do caos reinante (pensamos principalmente no casal formado por Paulo Guarnieri e Graziela Moretto). Há aqui um curioso curto-circuito dentro mesmo da lógica de Feliz Natal que, paradoxalmente, causa alguns de seus momentos e qualidades mais fortes e ao mesmo tempo sabota uma possibilidade de lógica interna que resolva o filme de forma mais definitiva. O filme passa a viver desta maneira bipolar: encontra considerável impacto em vários momentos de performance, mas maior empatia naquilo que não explora tão avidamente, que deixa mais quieto e ao fundo. Só que a constante ida e vinda entre os dois, torna o filme bastante exasperante.

(...) Transita o filme de Selton Mello o tempo todo: entre a histeria e a sutileza, o estereótipo e a construção individual de personagem. Nesta corda bamba e tanto que se dispõe a explorar, o filme se expõe a várias quedas, mas também faz por merecer vários aplausos por momentos de real maravilhamento.

(resenha retirada da Revista Cinética)

SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 04 de dezembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu