"Né coisa errada não, mãe"
Ódiquê? (corruptela da expressão 'ódio de quê?) divide opiniões.
Para Daniel Caetano, crítico da Revista de Cinema Contracampo, “Odiquê retrata personagens asquerosos numa trama de violência e engodo, com eficiência narrativa, bom desempenho dos atores e bastante naturalismo e humor em diálogos cheios de gírias. Mas é na relação que estabelecemos com estes personagens que existe o interesse principal e o ponto crítico do filme: até onde se pode defender que o filme não se concilia com seus personagens? Temos aí uma questão problemática e bastante interessante: até que ponto vale a pena e justifica-se fazer o retrato de personagens ignóbeis? Até que ponto fazer, em cinema, este retrato é uma manifestação digna, “necessária”, externando repulsa por tipos ou situações que incomodam aos realizadores? E a partir de que ponto este olhar perde sua força devido à soberba e à certeza de superioridade moral diante de seus personagens? Enquanto se pode crer que o filme de Felipe Joffily (e sua equipe) pretende denunciar e atacar a falta de limites éticos de uma certa juventude, esta questão se impõe: até que ponto a certeza de superioridade moral que o filme tem sobre seus personagens não o torna arrogante, não o esvazia? Por mais desagradável que ela seja, encarar esta questão problemática é a única redenção possível para Ódiquê. Um antigo poeta francês uma vez escreveu que “é nos objetos repugnantes que encontramos as jóias”. A única maneira de justificar este retrato das atitudes imorais e ignóbeis dos jovens seria por este viés - o chafurdar na lama para purificar-se de que falou uma vez Nelson Rodrigues - devido aos próprios caminhos escolhidos pelo filme. Retratando o que lhe causa repugnância, Ódiquê seria uma jóia por nos fazer sentir o mesmo asco que sente.
Para Eduardo Nozari, estudante de jornalismo e aprendiz de crítico de cinema “ é um filme brasileiro muito, muito ruim. O argumento até que é razoável, seguindo a linha de Alpha Dog. Ou também do francês O Ódio, de Mathieu Kassovitz, que tem um dos melhores finais que já vi. Mas em Ódiquê? ficou péssimo. A trama acompanha três (burros) jovens cariocas de classe média que se envolvem numa complicada situação em busca de drogas e dinheiro. O roteiro é sofrível, repetitivo até não poder mais, e as atuações conseguem ser ainda piores (o único que se salva é Luiz Antônio do Nascimento, guri que interpreta um flanelinha). Para mim, o diretor Felipe Joffily tem que rever radicalmente seus conceitos para um próximo filme, se houver.”
Para Eduardo Nozari, estudante de jornalismo e aprendiz de crítico de cinema “ é um filme brasileiro muito, muito ruim. O argumento até que é razoável, seguindo a linha de Alpha Dog. Ou também do francês O Ódio, de Mathieu Kassovitz, que tem um dos melhores finais que já vi. Mas em Ódiquê? ficou péssimo. A trama acompanha três (burros) jovens cariocas de classe média que se envolvem numa complicada situação em busca de drogas e dinheiro. O roteiro é sofrível, repetitivo até não poder mais, e as atuações conseguem ser ainda piores (o único que se salva é Luiz Antônio do Nascimento, guri que interpreta um flanelinha). Para mim, o diretor Felipe Joffily tem que rever radicalmente seus conceitos para um próximo filme, se houver.”
Para checar mais sobre o filme acesse:
http://www.contracampo.com.br/64/odique.htm
http://sobretudocinema.wordpress.com/2008/04/30/odique/
http://sobretudocinema.wordpress.com/2008/04/30/odique/
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SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 22 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro
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