domingo, 27 de fevereiro de 2011

1º Filme do Ciclo Mulher

Estórias. Pessoas. Espectadores. A vida teatral versus a vida como registro. O palco e a câmera.

De acordo com Wikipédia, “o Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade. Mas dessa afirmação não se deve deduzir que ele represente a realidade tal como ela é. O documentário, assim como o cinema de ficção é uma representação parcial e subjetiva da realidade.”

Eduardo Coutinho explora essa representação subjetiva da realidade brindando o expectador com um jogo de cena. Aqui as estórias são contadas, mas por quem? É mais importante saber mais sobre a estória ou descobrir quem a conta?

O documentarista brinca com o conceito de Big Brother incrustado em nós. Chegamos a um ponto do filme que ficamos “jogando” para descobrir quem é o autor “verdadeiro” da estória. Então o importante é saber quem joga melhor?

Aqui o conceito de representação parcial e compromisso com a realidade balança Jogo de Cena. Questionamos não o objeto da realidade, mas quem conduz o objeto. O condutor tem compromisso com a realidade? O que é real? Quando ligamos uma câmera o real se esvai?

Fica pra pensar e conversar depois da sessão: será a estória o motim principal do documentário ou o que vale é  a forma como a estória é contada? Seriam as estórias meras coadjuvantes?


JOGO DE CENA
Bate papo depois da sessão com Manaíra Carneiro: 
Venha entrar no Buraco de Cena!
Dia 01 de março, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CICLO MULHER: JOGO DE CENA

O Ciclo desse mês abre o Buraco com muitas mulheres e cinema pelos dois lados da câmera. JOGO DE CENA, documentário de Eduardo Coutinho e bate papo informal logo em seguida com MANAÍRA CARNEIRO, a moça diretora do 5x Favela – Agora por nós mesmos.


Curioso pra saber sobre a trajetória de nossa convidada especial? Manaíra Carneiro por Manaíra Carneiro:

"Eu comecei a estudar e trabalhar com cinema a partir de uma oficina chamada Cinemaneiro, realizada pela associação Cidadela - Arte, Cultura  e Cidadania. O Cinemaneiro acontece até hoje em várias comunidades do Rio de janeiro. Quando fiz a oficina tinha 16 anos e não fazia a mínima ideia do que era cinema. Acabei me interessando e o pessoal da equipe da oficina me chamou para trabalhar na produção. Desde então integro a Cidadela e nunca trabalhei com outra coisa que não envolvesse cinema. Depois da oficina, me inscrevi na oficina do Canal Futura "Geração Futura", lá que conheci o Bion e a Drica. Depois fiz Escola Técnica Estadual Adolpho Bloch que é técnica em criação em audiovisual concomitante com segundo grau. Durante a Escola Técnica escrevi roteiros e dirigi alguns curtas que foram pra vários festivais brasileiros. Logo depois que saí da escola Técnica, aos 19 anos, o Cacá me chamou para dirigir um dos episódios do 5x favela e passei no Vestibular pra UFF - para o curso de estudos de mídia. O processo do filme durou 4 anos e por isso ainda não me formei na faculdade. Agora que o filme acabou estou terminando o curso de roteiro da Escola Darcy Ribeiro e fazendo um documentário sobre o carnaval do Salgueiro em 2011 como roteirista".

domingo, 20 de fevereiro de 2011

4º Filme do Ciclo Verão

"Né coisa errada não, mãe"



Ódiquê? (corruptela da expressão 'ódio de quê?) divide opiniões.

Para Daniel Caetano, crítico da Revista de Cinema Contracampo, “Odiquê retrata personagens asquerosos numa trama de violência e engodo, com eficiência narrativa, bom desempenho dos atores e bastante naturalismo e humor em diálogos cheios de gírias. Mas é na relação que estabelecemos com estes personagens que existe o interesse principal e o ponto crítico do filme: até onde se pode defender que o filme não se concilia com seus personagens? Temos aí uma questão problemática e bastante interessante: até que ponto vale a pena e justifica-se fazer o retrato de personagens ignóbeis? Até que ponto fazer, em cinema, este retrato é uma manifestação digna, “necessária”, externando repulsa por tipos ou situações que incomodam aos realizadores? E a partir de que ponto este olhar perde sua força devido à soberba e à certeza de superioridade moral diante de seus personagens? Enquanto se pode crer que o filme de Felipe Joffily (e sua equipe) pretende denunciar e atacar a falta de limites éticos de uma certa juventude, esta questão se impõe: até que ponto a certeza de superioridade moral que o filme tem sobre seus personagens não o torna arrogante, não o esvazia? Por mais desagradável que ela seja, encarar esta questão problemática é a única redenção possível para Ódiquê. Um antigo poeta francês uma vez escreveu que “é nos objetos repugnantes que encontramos as jóias”. A única maneira de justificar este retrato das atitudes imorais e ignóbeis dos jovens seria por este viés - o chafurdar na lama para purificar-se de que falou uma vez Nelson Rodrigues - devido aos próprios caminhos escolhidos pelo filme. Retratando o que lhe causa repugnância, Ódiquê seria uma jóia por nos fazer sentir o mesmo asco que sente. 


Para Eduardo Nozari, estudante de jornalismo e aprendiz de crítico de cinema “ é um filme brasileiro muito, muito ruim. O argumento até que é razoável, seguindo a linha de Alpha Dog. Ou também do francês O Ódio, de Mathieu Kassovitz, que tem um dos melhores finais que já vi. Mas em Ódiquê? ficou péssimo. A trama acompanha três (burros) jovens cariocas de classe média que se envolvem numa complicada situação em busca de drogas e dinheiro. O roteiro é sofrível, repetitivo até não poder mais, e as atuações conseguem ser ainda piores (o único que se salva é Luiz Antônio do Nascimento, guri que interpreta um flanelinha). Para mim, o diretor Felipe Joffily tem que rever radicalmente seus conceitos para um próximo filme, se houver.


Para checar mais sobre o filme acesse:
http://www.contracampo.com.br/64/odique.htm
http://sobretudocinema.wordpress.com/2008/04/30/odique/

Participe do Buraco do Getúlio: escreva um comentário, uma crítica ou uma curiosidade sobre o filme "Ódiquê?" e mande pra gente.




SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 22 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

3º Filme do Ciclo Verão

André de Biase, Cláudia Magno, Cissa Guimarães, Cláudia Ohana, Evandro Mesquita, Sérgio Mallandro, Pedro Paulo Rangel e os clássicos absolutos da MPB oitentista compõem o terceiro filme do Ciclo Verão no Buraco do Getúlio.


Clássico dos anos 80, o surf movie brasileiro foi um dos primeiros filmes a falar sobre a juventude vivendo intensamente a natureza, a liberdade, a alegria e o amor. Teve uma cena cortada pela Censura, na qual personagens fumavam um cigarrinho "que não é o convencional", dizia o parecer. 


Lembra dessa música? Nelson Motta e Lulu Santos fizeram especialmente pro Menino do Rio:

Curtiu? Manda pra gente seu cover!


SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 15 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

2º filme do Ciclo Verão

Rola hoje, às 19h, no Sylvio Monteiro a história de romance adolescente passado no litoral gaúcho HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES.



Do renomado diretor de Ilha das Flores, Jorge Furtado, o filme foi rodado totalmente com câmera digital.


Trilha sonora de Alex Sernambi.

SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 08 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro

Houve uma Vez Dois Verões

 Xico, adolescente em férias na "maior e pior praia do mundo", encontra Roza num fliperama e se apaixona. Trilha sonora para os amores de verão, confere aí:


domingo, 6 de fevereiro de 2011

E o Buraco foi...

do Caneco!


Ainda tivemos a performance de Tetsuo Takita,


transmissão ao vivo pela Rádio Estética
e vamos aparecer na TV em maio!
Quer sentir a vibe das 58 pessoas presentes na última sessão? 
fotos por Getúlio Ribeiro
Checa o nosso flickr!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sessão Fevereiro de 2011

Quer saber mais sobre Estética Central? Confira a criação livre e autoral da galera!




Quer saber mais sobre Tetsuo Takita? Checa tedipassaro no Youtube!


Você vai perder o Buraco de hoje que vai bombar com Charanga do Caneco, DJ Zeh Alsanne e a Rádio Rua?
Sim                              Não

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"Prece a Bacchus para 05/02"

Pela intensidade do calor desse mês, Patrono da Bebedice, fazei com que a cerveja gele mais rápido. Dai-nos a Charanga do Caneco com clássicos do rock em ritmo de marchinhas de carnaval para que não fiquemos torvos nem  trêmulos na noite. Concedei-nos a performance de Tetsuo Takita (ator apreciador da vida do ser humano e dos outros animais e plantas) para que sejamos presenteados com a decadente cantora de cabaré Samantha Quet.

Trazei do concílio dos deuses os sets da influência do DJ residente Zeh Alsanne e a vibe da Rádio Rua. Livrai-nos de todo mal com o prazer do festival mais quente do verão (sim, o Estética Central) e de seus filmes premiados.

E por favor, por favor, fazei com que o público tenha troco de R$2.

Amém.
Conselho do BG

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

2011 - Que comecem os jogos

Mais de 25 pessoas assistiram a primeira sessão Buraco 2011 no ar condicionado do Sylvio Monteiro. Com clima de verão, equipamento novo e um bate papo informal super relax com Loeni Mazzei, o Buraco declara que está oficialmente aberto!

Por Getúlio Ribeiro
E mais: escolha você o último filme do próximo mês. Apareça às terças pra saber como. Sempre às 19h, somos pontuais =D

É HOJE!

Terça-feira = clássica ida ao cinema mais perto de você.


SERVIÇO

Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 01 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

É amanhã!

CURIOSIDADES:
- O diretor Heitor Dhalia descobriu em uma entrevista feita no Carnaval que Vincent Cassel falava português fluentemente. Ele enviou o roteiro de À Deriva acompanhado do DVD de O Cheiro do Ralo para o ator;




- Dhalia chegou ainda a fazer uma viagem a Paris, de apenas 24 h, para encontrar Cassel;
É o primeiro filme estrelado por Vincent Cassel no Brasil;




- Para obter atuações naturalistas, o diretor entregou o roteiro a Vincent Cassel e Débora Bloch, deixando os atores improvisarem em cena;




- Laura Neiva foi selecionada através do Orkut, quando tinha apenas 14 anos. A princípio ela acreditou que fosse um trote, recusando-se a fazer o teste para a personagem Filipa.


SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 01 de fevereiro, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro