domingo, 30 de setembro de 2012

Paraísos Artificiais


O nome Paraísos Artificiais foi inspirado no título do livro homônimo de Baudelaire. "Li o livro e achei que o título se encaixava perfeitamente no filme, embora aborde outra época, meados do século XIX, e o consumo de outras drogas, vinho, ópio e haxixe", admite Prado. O diretor inclui ainda entre as obras que inspiraram seu primeiro longa de ficção "Amor Líquido" e "Tempos Líquidos", de Zigmunt Bauman; "Festa Infinita" de Tomás Chiaverini e "Você quer o que deseja?" de Jorge Forbes. Filmes como "The Doors", de Oliver Stone, "Réquiem para um Sonho", de Darren Aronofsky, "Groove", de Greg Harrison e "Berlin Calling", de Hannes Stöhr também serviram como referência.



quinta-feira, 27 de setembro de 2012

1º Filme do Buraco Junkie

Produtor de "Tropa de Elite" I e II e diretor do documentário "Estamira", Marcos Prado estreia na ficção em "Paraísos Artificiais". O longa aborda o boom do uso de drogas sintéticas feito por jovens de classe média nos anos 2000 em raves, em meio à história de amor vivida entre a DJ Érika (Nathalia Dill) e Nando (Luca Bianchi). Cheio de momentos "sinestésicos" (que estimulam os sentidos), no filme, o diretor conta que buscou trazer ao espectador a experiência de sentir um pouco do que se passa dentro da tela. Isso ocorre tanto quando os personagens usam drogas, quanto em cenas mais sensuais.
"É um filme meio 'voyerístico', muita gente não experimentou essas drogas, então pensei em mostrar a ação e a reação. Quis dar espaço para as cenas de sinestesia para quem está assistindo embarcar na viagem, tanto nas cenas de drogas quanto nas de sexo, de mar... Todas as cenas tem um simbolismo", diz.
Prado define as partes de sexo e nudez do filme como um "grito contra a caretice e puritanismo do cinema nacional". "Quis fazer cenas em que você pudesse experimentar um pouco o que o personagem está vivendo, por isso elas são longas e explícitas, dentro de uma preocupação em não ser pornográfico ou exagerado. É um grito de 'Gente, é tão lindo ver uma cena de sexo bem filmada'... É um grito contra a caretice e o puritanismo do cinema nacional", disse.
Além disso, para ele, essas cenas são "políticas", porque vão contra preocupações de censura --quanto maior a censura de um filme, mais restrito seu público e, consequentemente, menor é sua bilheteria.
O título, inspirado no livro de mesmo nome de Charles Baudelaire (1821-1867), foi uma sugestão de um amigo de Prado, embora o livro aborde as drogas do século XIX, tais como ópio e haxixe.
(Retirado daqui)
SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 02 de outubro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

20ª SESSÃO ONLINE DO BG


SAW - ENIGMA MORTAL

Sinopse: Em um hospital, David (Leigh Whannell, o roteirista) conta a história de como ele foi sequestrado e obrigado a jogar um assustador jogo de sobrevivência. Curta-metragem que deu origem ao sucesso Jogos Mortais.

Gênero: Suspense
Direção: James Wan
Ano: 2003
Duração: 9'
País: Estados Unidos

domingo, 23 de setembro de 2012

Fabricando Tom Zé


"Show de música é o maior porre do mundo. 
A melhor coisa que eu posso levar é o tapa-ouvido"

"O que me salvou é que sou um péssimo compositor, um péssimo cantor 
e um péssimo instrumentista. Aí tanto faz tocar piano ou enceradeira!"


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

4º Filme do Ciclo Documentários Musicais

O ponto de partida de Fabricando Tom Zé é uma turnê do cantor e compositor baiano pela Europa. Um caminho com altos e baixos, acertos e erros: a banda é ovacionada em Paris; recebe vaias em Viennes e se envolve em uma briga nos bastidores do festival de Montreux, quando Tom Zé parte para cima do técnico de som do festival aos gritos de “vá pra porra” – grito de baiano “arretado” na Meca dos fãs de jazz. 

O documentário de Décio Matos Jr. descarta o tom laudatório e chapa branca e não tenta construir um verbete de enciclopédia (problema de certas biografias sobre figuras de importância “inquestionável”, acima do bem e do mal). Em Fabricando Tom Zé, temos apenas um homem vivo, com mais dúvidas que certezas. “Feio, pobre, baiano, filho da puta” é o resumo que Tom Zé faz de si mesmo após um momento de fúria. E os melhores momentos do filme são como esse: quando surgem, lado a lado, o retrato do “gênio” e da “besta” (na fórmula de O bandido da luz vermelha, de Sganzerla). Um gênio “com defeito de fabricação”.

Enfant terrible do tropicalismo, talvez exigente demais para os caciques Caetano e Gil, Tom Zé viveu no semi-ostracismo por quase duas décadas: desde os geniais discos dos anos 70 (como Todos os olhos e Estudando o Samba) até ser redescoberto por David Byrne (ex-Talking Heads), no início dos anos 90. A fórmula professada pelo músico é não ter autocomiseração. Tom Zé revela-se exigente e até mesmo perfeccionista com seu trabalho: vemos isso nas gravações de estúdio, nos ensaios com a banda, nos improvisos durante os shows. Arca com as conseqüências de fazer uma música sofisticada e ser mal-compreendido e achincalhado. Tudo isso está longe de ser simples. 

De certa forma simples são os depoimentos de Arthur Nestrovski e Arnaldo Antunes, que parecem estar lá para cair na lógica laudatória, lembrando a “importância inquestionável” do personagem. Melhor quando surgem Caetano e Gil (passando a limpo o passado) ou David Byrne explicando a resistência quando ele resolveu lançar discos de Tom Zé nos EUA. Misturando subdesenvolvimento e sofisticação, Tom Zé realiza a síntese de extremos. Daí porque talvez ele seja o mais tropicalista dos tropicalistas, o movimento que colocou em choque um Brasil ao mesmo tempo moderno e cafona. O próprio Caetano recorre ao excesso para falar de Tom Zé: gênio. 

Ou besta. Novamente a auto-ironia de Tom Zé resolve a parada ao declarar: “quando a gente não sabe tocar nada, a diferença entre o piano e a enceradeira é mínima”. E há algo mais contemporâneo do que tirar som de uma enceradeira?

Mas a grande surpresa do filme é mesmo Neusa. Jornalista que abandonou a profissão para se casar com Tom Zé e ser sua produtora, é ela quem o suporta (e lhe dá suporte). Neusa é onipresente, e é na face serena dela que o documentário consegue mostrar a dor e a delícia da existência de Tom Zé. É ela quem fala da dedicação do marido à música e das dificuldades durante os anos de esquecimento do público e das gravadoras. Em certo momento, Tom Zé confessa que sua vida é fazer Neusa feliz. Palavras que traduzem amor e – quem sabe? – alguma culpa. Como se a alta exigência dele desejasse fazer jus à dedicação dela.

O filme de Décio Matos Jr. é coerente às incoerências de seu personagem. Estão em cena o Tom Zé festivo, o Tom Zé irascível, o Tom Zé performer brilhante, o Tom Zé performer vaiado (às vezes ao mesmo tempo brilhante E vaiado). Dá até para perguntar porque o cinema brasileiro não abandona um ranço de “correção” e passa a retratar, no documentário ou na ficção, mais personagens com defeitos de fabricação. Personagens vivos, talvez demasiado vivos...

Retirado daqui.

SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 25 de setembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BLOCO TRILHA SONORA (antes das sessões de terça)

Intervenção antes da Sessão de Terça! O BG orgulhosamente apresenta Bloco Trilha Sonora, pocket show antes da sessão pra provar que música e cinema andam juntos e misturados! 

Nessa terça rola QUARTETO ENGOLE O CHOROformado por alunos da UFRRJ de Nova Iguaçu, onde realizam seus ensaios abertos. O Quarteto Engole o Choro vem há 2 anos procurando executar o repertório clássico do Choro, o primeiro gênero popular brasileiro. Formado por Péricles de Morais (Violão 7 Cordas), Felipe Lopes (Cavaquinho), Matheus Topine (Bandolim) e Deco Reis (Pandeiro), o Quarteto se equilibra no vasto universo do choro, privilegiando também outros ritmos como a polca, a valsa e o maxixe. No repertório, clássicos de Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim e muitos outros.




19ª SESSÃO ONLINE DO BG


Em ritmo de eleição, sensacional curta com Wagner Moura. É Brasil...

BLACKOUT



Sinopse: Um assessor de um corrupto deputado e um suplente entram numa sala em reforma no último andar da Assembléia Legislativa para fumar um "baseado" no fim de uma sexta-feira. 

Gênero: Ficção (comédia)
Direção: Daniel Rezende
Ano: 2008
Duração: 10'
País: Brasil

domingo, 16 de setembro de 2012

Rock Brasília - Era de Ouro

Trajetória do cenário rock/musical de Brasília nos anos 80, desde os primórdios, das bandas embrionárias até o estouro nacional de Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude.



quinta-feira, 13 de setembro de 2012

3º Filme do Ciclo Documentários Musicais

Eu tinha 10 anos em 1986, e fui testemunha do período em que Titãs, Barão Vermelho, Paralamas, Legião, Plebe Rude, Ira!, Ultraje à Rigor, RPM lançaram seus melhores e mais aclamados discos. Pedia de presente para meu pai, ou juntava dinheiro pra comprar os LPs, ouvia rádio, via os programas de TV, e cheguei na época a assistir a alguns shows. Essa década mágica do Rock Nacional foi importantíssima pra minha formação, e ver no cinema ao documentário "Rock Brasília - Era de Ouro" foi uma emocional viagem no tempo. 

O diretor Vladimir Carvalho registra toda a trajetória dos músicos que viveram e se conheceram em Brasília, com o destaque especial e merecido a Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude. A história é contada desde o final dos anos 70, em pleno Regime Militar, quando os jovens de Brasília, liderados por Renato Russo, entraram no sonho de viverem por música, mas precisamente Rock and Roll. Passando pelo sucesso estrondoso, a fase das vacas magras, chegando aos dias atuais onde as bandas e seus integrantes estão em situações bem distintas. 

Com depoimentos sinceros e divertidos, destacando as entrevistas com os pais dos rockeiros, contando acontecimentos importantes, relatando o cotidiano na Colina, como era chamada a única quadra não numerada, aonde Dinho Ouro Preto, Dado Villalobos, Bi Ribeiro, entre outros se conheceram. Toda saga e trajetória do lendário Aborto Elétrico, banda seminal, que geraria Capital e Legião, são contadas, bem como o papel fundamental que Hebert Vianna e os Paralamas do Sucesso tiveram na divulgação e na contratação inicial dos grupos brasilienses pelas grandes gravadoras multinacionais. Os primeiros shows, as turnês, as gravações dos discos, a conquista do país inteiro, tudo é coberto com detalhes: Capital abrindo a shows do Sting, o estouro do primeiro LP da Plebe Rude, Renato Russo se tornando um dos maiores ídolos da música no Brasil. Vários momentos de Renato são destacados: a função de líder que exercia sobre os demais, traumático show da Legião no estádio Mané Garrincha, o seu temperamento difícil e autodestrutivo. e seu drama com a AIDS. 

A parte que mais me chamou a atenção foi conhecer todos os percalços que a Plebe Rude atravessou, depois de vender milhares de LPs. Por serem uma banda que não se vendia e não aceitava as imposições da mídia e da indústria fonográfica, foram jogados no limbo, chegando ao fim, onde seus integrantes seguiram caminhos diferentes; o baixista André X largou a música e foi aprovado num concurso para o Banco Central. 

O Capital que é atualmente a banda dos anos 80 com mais sucesso, quase foi pelo mesmo caminho. É tocante o depoimento do pai de Fê e Flavio Lemos, que chegou a aconselhar: "Vocês não acham que essa história de Capital já deu o que tinha que dar? Por que vocês não começam a estudar pros concursos públicos?"; mas com a reviravolta e o triunfo conseguido por eles, as lágrimas caem ao admitir que em certos momentos os filhos ensinam e dão lição de vida aos pais. 

Altamente recomendável, num cinema perto de você.

Retirado daqui.

SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 18 de setembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

18ª SESSÃO ONLINE DO BG


Quase todo em plano-sequência, 3 minutos e o efeito do terror. 
Curiosidade: Guilherme Del Toro está em projeto com o diretor 
para ampliar o curta em longa.


Sinopse: Às vezes, o que conhecemos é o que mais nos assusta.
Gênero: Terror
Direção: Andy Muschietti
Ano: 2008
Duração: 3'
País: Espanha

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Buraco Dançante

Na vibe de bebemorar: Sessão Festa adentrando setembro no Anania's Bar!

O nosso Buraco Dançante vai ser embalado por curtas de vídeo de dança (e derivados), o melhor do setlist do DJ BiOn!, Vjing dançante com VJ Jimy e todo o calor do carnaval Bop-a-luba da Charanga do Caneco.


Salve, salve buraqueiros! A noite é de swing, mistura de caneco e alegrias!

FILMES:
- Como um Mormaço Muito Quente, de Keyla Serruya
- Os Em bailes de Sábado à Noite, de Dig Dig Filmes
- ...Simplesmente Difuso, de Aline Bernardi
- Batalha do Passinho, de Emílio Domingos (Promo)


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

2º Filme do Ciclo Documentários Musicais

Para ir treinando:


Coração Vagabundo

Caetano Veloso

 Caetano Veloso
Tom: A#
  
Gm7                 A7
Meu coração não se cansa 
          Am7(b5)
De ter esperança 
   D7(b9) Gm7            G7(b9)
De um dia ser tudo o que quer
      G7(b5)      Cm7(9) 
Meu coração de criança 
                A7(13) 
Não é só a lembrança 
    A7(b13) Am7           D7(b9) 
De um vulto     feliz de mulher 
Gm7                A7 
Que passou por meu sonho 
          Am7(b5)
Sem dizer adeus 
             D7(b9) 
E fez dos olhos meus 
     G7            G7(b9) 
Um chorar mais sem fim 
Cm7     F7         Bb7 
Meu coração vagabundo 
Eb7(9)           
Quer guardar o mundo 
Ebº  Dm6   
Em mim 
Cm7    F7           Bb7 
Meu coração vagabundo 
Eb7(9)            
Quer guardar o mundo 
Ebº  Gm7 
Em mim




SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 11 de setembro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

17ª SESSÃO ONLINE DO BG


Em homenagem ao Ciclo Documentários Musicais, nossa Sessão Online vai de experimentalismo mutante. Boa música, boa vibe de segunda!

OS MUTANTES



Sinopse: Os Mutantes, num dia único pelas ruas de São Paulo.

Gênero: Documentário, musical, experimental
Direção: Antônio Carlos da Fontoura
Ano: 1970
Duração: 7'
País: Brasil

domingo, 2 de setembro de 2012

Simonal: ninguém sabe o duro que dei

Tudo que é bom tem que voltar! E se é pra voltar, que volte em estilo! O Cineclube Buraco do Getúlio decide romper o mês da primavera com o revival de um dos ciclos mais bacanas que já passaram por nossa história cineclubista: os documentários musicais! Em prol de um mundo mais cheio de música e filmes, a gente vai te entupir de histórias e canções! E pra incrementar mais vai rolar pocket show ANTES da sessão. Às 19h, Maurício Galo e banda tocam canções do EP "Asfaltando Dor Pequena".  Grande estilo só no Buraco!