quinta-feira, 30 de junho de 2011

PEDE CARONA, VAI!


5 anos equivale a muitos, muitos dias pela estrada a fora, coletando filmes, intervenções e bandas alternativas. 5 anos equivale a muitas muitas pessoas que cruzam caminhos, deixam coisas e levam outras. 5 anos equivale a muitas muitas horas inquietas e muitos sonhos projetados.

5 anos é só um pedaço de trajetória. Um começo desses que a gente só aponta o caminho e cruza os dedos para estar no lugar certo.

5 anos é Cineclube Buraco do Getúlio com muito álcool etílico, canções de Spllash!; Cretina; Gente Estranha do Jardim; Charanga do Caneco; vestidos da poesia da Poeme-se e da atitude de Let’s Pense! Com Dj’s e Vj’s entrelaçados pela vibe da música.

5 anos é 02 de julho.  O dia depois de amanhã.


segunda-feira, 27 de junho de 2011

Dzi Croquettes


Irreverentes. Desobedientes. Debochados. O que é ser um Dzi Croquette? A busca por novos valores e novos canais de expressão. O Documentário que ganhou 8 prêmios internacionais e nacionais fechando o Ciclo LGBTT só no Buraco do Getúlio. Porque filmes são feitos para serem vistos.

SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 28 de junho, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - NI

quinta-feira, 23 de junho de 2011

4º Filme do Ciclo LGBTT

DZI! DZI! Croquettes, as internacionais. Este era o grito de guerra do grupo de teatro-dança, que trouxe importantes modificações para a cena artística brasileira, mas cuja importância havia sido esquecida pela nossa história. Tatiana Issa e Raphael Alvarez através de depoimentos dos que trabalharam com eles ou foram influenciados pela estética do grupo, além das poucas imagens em vídeo das apresentações da trupe resgatam a trajetória das fabulosas Dzi.

O Dzi Croquettes era formado pelos seguintes artistas: Lennie Dale, Wagner Ribeiro, Cláudio Tovar, Cláudio Gaya, os irmãos Rogério de Poly e Reginaldo de Poly, Bayard Tonelli, Paulo Bacellar, Benedictus Lacerda, Carlos Machado, Eloy Simões, Roberto Rodrigues e Ciro Barcelos. Essa foi a formação original do grupo. Depois, nomes como Dario Menezes, Fernando Pinto e Jorge Fernando farão parte da companhia.

Deles, estão vivos apenas Tovar, Reginaldo, Bayard, Benedictus, Ciro, Jorge e Dario. Isso foi um dos fatores que dificultou o trabalho de Tatiana e Raphael para a realização do filme, a falta de material sobre as encenações do grupo e a ausência da maior parte dos seus integrantes. No livro Ela é Carioca, o escritor Ruy Castro fala de uma maldição que aconteceu ao grupo, o fato de a maior parte dos integrantes terem morrido.

Eles surgiram no período mais terrível do regime militar brasileiro, a época em que foi presidente, Emílio Garrastazu Médici. Artistas como Aderbal Freire Filho, Elke Maravilha, Norma Bengell e Ney Matogrosso falam no documentário sobre essa fase terrível da nossa história e de como a arte brasileira foi afetada após a promulgação do AI-5. Os Dzi Croquettes surgiram com a proposta de criar espetáculos musicais, onde homens musculosos se vestiam de mulher com um estranho travestimento. Os corpos apareciam envoltos em glitter, enormes cílios postiços, e purpurina, mas ao mesmo tempo, eles mantinham os pelos expostos e faziam uma dança dura, masculina, que balançava a estrutura sexual das pessoas como lembra em depoimento ao filme, o encenador Amir Haddad.

A proposta da união “da força do macho com a graça da fêmea” (lema do grupo) acaba incomodando a censura e faz com que o grupo decida ir para a Europa. È na França que os Dzi ganham a sua madrinha Liza Minnelli, que, por sinal dá um belo depoimento ao filme. É em Paris que o cenógrafo Américo Issa (pai de Tatiana) começa a trabalhar com o grupo.

O filme, além da recuperação da história dos Dzi, é também uma bela homenagem que a cineasta faz a memória do seu pai, falecido em 2001. O documentário apresenta também os relatos de artistas que foram influenciados pela estética do grupo. Cláudia Raia, Miguel Falabella e Pedro Cardoso são alguns dos que reconhecem que os Dzi Croquettes exerceram um papel fundamental na obra deles.

Dzi Croquettes é um documento precioso.

domingo, 19 de junho de 2011

3º Filme do Ciclo LGBTT


Vencedor da oitava edição do Cine Fest Petrobras Brasil-NY, o roteiro de "Rainhas", escrito pelos dois diretores Fernanda Tornaghi e Ricardo Bruno e pelo produtor Daniel Van Hogstraten, conta a história do cabeleireiro Fábio Mota, um rapaz que saiu de Rondônia e foi para o Rio de Janeiro. Na cidade ele venceu o concurso de Miss Rio de Janeiro Gay, mas o sonho de Fábio era conquistar o título de Miss Brasil Gay.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Rainhas

Fernanda Tornaghi, uma das diretoras do documentário e o cuidado que teve ao tratar do tema e sua curiosidade em entender as motivações dos transformistas. O filme acompanha a trajetória de Fábio, um rapaz de Rondônia que vem ao Rio de Janeiro como o objetivo de se tornar a próxima Miss Brasil Gay. 

Como vocês tomaram conhecimento dessa história?
A gente sempre teve vontade de investigar essa história do homem que quer se travestir, que quer ser mulher. Acho que todo mundo tem curiosidade de saber o por que disso, da onde vem essa vontade. O nosso produtor conheceu um rapaz que se travestia, coisa muito rara de se encontrar no nosso convívio. Todo mundo tinha a impressão de que essas pessoas eram marginalizadas, que elas estavam escondidas de alguma forma. A primeira idéia foi a de produzir um concurso e registrar a transformação dos participantes, o que seria muito complicado. Foi aí que uma amiga nossa produtora contou pra gente sobre o concurso Miss Rio de janeiro Gay. A gente resolveu então registrar o evento e acompanhar a trajetória do vencedor até o Miss Brasil Gay, fosse ele quem fosse.
Que tipo de cuidado vocês tiveram ao contar essa história de um jeito respeitoso, sem soar como deboche?
Acho que o respeito que o filme traz vem do respeito que tivemos com o Fábio (personagem central do filme). O próprio filme mostra essa aproximação gradual que aconteceu ao longo das filmagens. No início houve uma certa resistência mas aos poucos a gente foi se aproximando até ficarmos amigos. Acho que outro fator importante para isso acontecer foi o fato da gente não querer dar respostas. O filme é uma investigação.
Você acha que realmente existe um gênero gay de cinema?
Com certeza existe e acho que o mais legal é que eles não necessariamente tratam sobre ser gay. Ser gay é só uma faceta de uma pessoa entre um monte de outras.
Você morou nos EUA durante muito tempo e lá existe uma cultura de filme gay há muitos anos. Você acha que este gênero existe no Brasil?
Ainda não, mas acho que surgirá naturalmente. Eu torço para que sim.
Você via diferença entre o Fábio e a Michele (identidade de Fábio travestido)?
A Michele não é o Fábio vestido de mulher, eles são pessoas realmente diferentes. Ele me tratava diferente e adquiria trejeitos de mulher, coisa que ele não tem normalmente. Os outros transformistas com quem a gente conversou também trazem isso.

SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 21 de junho, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - NI

segunda-feira, 13 de junho de 2011

2º Filme do Ciclo LGBTT

O que fazer quando uma relação amorosa termina? Partir para outra ou se afundar amargurado em si mesmo?

Júlia (Ana Paula Arósio) é uma professora universitária de Literatura Inglesa que, ao ser abandonada por Antônia, após uma relação de mais de 10 anos, perde o chão e desaba com a sua torre de “inviolável” felicidade. Se o amor não dura para sempre, ela vai buscar o porquê no seu conturbado âmago. Mesquinha, amarga, egoísta, na sua dor, a solitária mulher quer solidão e não solidariedade de raros amigos. Quer desaparecer em si mesma e sem planos de renascer tal qual uma Fênix. Para Júlia, a dor é a única coisa que importa, é incomparável, é maior que ela própria. No entanto, a sua vida continua, mesmo que ela não queira, mesmo que se envenene (corroída pela autocomiseração). Assim, ao se dar conta das dificuldades em manter o que antes era dividido, se permite (quase que inconscientemente) viver em uma república com outros dois desafortunados pelo Cupido: o atorHugo (Murilo Rosa), que ainda sofre (mas busca dar a volta por cima) pela morte do companheiro, e a advogada Lisa (Natália Lage), abandonada grávida pelo namorado

Tragédia demais pra um filme só, não é verdade? Mas, superado o trauma inicial, conhecidos os personagens com as suas idiossincrasias, assiste-se com interesse. Baseado no livro Como Esquecer: Anotações Quase Inglesas, de Myriam Campelo, o drama intenso (introspectivo ao extremo) e com boa direção de Malu Martino, infelizmente, é uma obra para uma minoria cinéfila, indiferente e independente de qualquer preferência sexual. Também porque esta, felizmente, não é uma obra panfletária gay, com todos os cacoetes e caricaturas que geralmente o clichê pede, para ser palatável aos mais “religiosos”. A redução de platéia, aqui, se deve apenas à questão da sua temática pesada, repleta de citações e discussões literárias (Cassandra Rios, Virgínia Woolf, Emily Brontë), cuja narrativa pode parecer arrastada demais. É curioso observar como a diretora trabalha o tempo de reflexão (à dor) de JúliaHugo eLisa, que podem partilhar suas tragédias amorosas, mas não partilham os seus desejos e apostas futuras.

Como Esquecer é essencialmente um filme sobre amor e desamor. Um drama que explora o vazio na vida de Júlia, que perde a noção do afeto (possivelmente por conta de uma convivência submissa e possessiva com Antonia), mas também tange em outras formas de se encarar e reagir à perda ou ao abandono de quem se ama. Apesar do clima de melancolia, há algum humor (mesmo que ácido) na grosseria de Júlia, em resposta à insistente necessidade dos amigos em fazê-la feliz. Ela não quer (mais) a felicidade que vem de fora, já que precisa descobrir se há (ainda) alguma dentro dela mesma. Ela precisa aprender a esquecer. A sua catarse é lenta, como o ritmo da narrativa que inquieta o espectador (apressado), ao perceber que a personagem e a diretora têm a faca e o queijo nas mãos, mas parecem não (querer) encontrar a goiabada.

Como Esquecer talvez cause estranheza, pelo híbrido diálogo cinema/literatura. Ora se assiste o livro e ora se lê o filme. Tem uma fotografia naturalista agradável (muita gente é capaz de achar escura e sem vida) aos cuidados de Heloisa Passos, uma trilha boa e discreta e um final compatível com o enunciado. Realmente não poderia ser diferente. Ele traz uma Ana Paula Arósio que, longe da mesmice televisiva que a consagrou, surpreende num papel difícil e com o mérito de, apesar de toda antipatia da sua personagem, provocar empatia no espectador. Na verdade todo elenco está bem, Murilo Rosa convence ao fazer um amigo gay, nada caricato, assim como Bianca Comparato, na pele deCarmen Lygia, a insistente aluna de Júlia, e Arieta Correa, como a artista plástica Helena. É um filme pra quem quer alternativa (ôps!) ao cinema populista travestido em cine-denúncia à corrupção e outros tráficos brasileiros.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

1º Filme do Ciclo LGBTT


Ribamar Ribeiro é um dos diretores jovens de grande destaque no panorama teatral contemporâneo da atualidade. Ator, diretor, autor, professor de artes cênicas, produtor e sonoplasta. Dirigiu e escreveu mais de 30 espetáculos teatrais. Entre eles: “Sobre Mentiras e Segredos”, “A Corrente de Eléia”, “Dolores”, “Meu Nome é M”, “amargasalmas”, “È Isso Aí, Irajá!”, “Pequenas Sagas Nordestinas”, “O Maldito”, “De Iguassu Velha a Nova Iguaçu”,  entre outros trabalhos. Com uma proposta ousada e nova de releitura de Clássicos como Bodas de Sangue transportando para a linguagem narrativa e corporal. Além de sua formação artística como Ator e Diretor, possui uma pesquisa aprofundada  no Teatro Social devido a sua formação em Ciências Sociais. Criador da estética do Teatro-Seminário, onde existe um aprofundamento da pesquisa de autores e sua vida e transforma isso em linguagem cênica e dinâmico.

Como dramaturgo escreveu diversos textos entre dramas, comédias e textos para a infância e juventude. É Diretor Artístico e integrante de Os Ciclomáticos Companhia de TeatroCia. de Teatro Fios da RocaOs Cênicos Cia. de TeatroGrupo Di-ferente (de Uberlândia) e Grupo Cutucurim (Angra dos Reis). Como professor de interpretação e direção teatral desenvolve há mais de 5 anos seu trabalho artístico no SENAC Rio. Como Ator já trabalhou com André Paes Leme, Marília Martins, José da Costa e Nanci de Freitas. Possui mais de 30 prêmios em todo o Brasil, entre eles, o Prêmio Pruri, Elisabeth Savala, Paschoalino, FENATA. Estudou com Antonio Abujamra em São Paulo e atuou no espetáculo Os Possessos, na FUNARTE, no Projeto Geografia da Palavra, através do Ministério da Cultura. Em 2009 recebeu o Prêmio Paschoalino Especial do Júri por ser multiplicador de ações teatrais no Rio de Janeiro. Em 2010 foi debatedor da Mostra Nacional de Teatro de Uberlândia e curador do Festival de Teatro de Goiás. Em 2009 recebeu o Prêmio Paschoalino Especial do Júri por ser multiplicador de ações teatrais no Rio de Janeiro. É um dos criadores do movimento artístico na Zona Norte do Rio de Janeiro – CTI ( Comunidade Teatral de Irajá) 

Mais em: www.ribaribeiro.com

Sobre a Rainha Diaba:
O diretor e dramaturgo Ribamar Ribeiro foi o primeiro encenador brasileiro a colocar trechos deste texto no palco, feito anteriormente em forma de roteiro para o cinema. Em 2007, ele monta o espetáculo O Maldito, a partir da vida e obra do dramaturgo Plínio Marcos, com a estrutura de teatro seminário (onde se mistura a obra e a vida do autor e suas referências). Neste estudo e montagem do espetáculo, Ribamar Ribeiro utiliza-se de trechos de obras para retratar a vida do autor. Dentre eles: A mancha Roxa, Dois perdidos numa noite suja e inclusive A Rainha Diaba. Ele traz uma nova adaptação feita para o palco deste texto, interpretado pelo ator Getulio Nascimento, que interpreta a personagem de mesmo nome. O espetáculo O Maldito recebeu o prêmio de Melhor espetáculo e obteve diversas indicações no 30º Festival de Teatro da FETAERJ. Também se apresentou no Encontrarte e cumpriu temporada no Espaço Cultural Sylvio Monteiro e SENAC Irajá.

A abertura do Ciclo LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) acontece nesta terça (07.06), às 19h com a exibição de A Rainha Diaba e bate papo logo em seguida com Ribamar Ribeiro. Vai perder?

domingo, 5 de junho de 2011

A Rainha Diaba


“Rainha Diaba”, de 1974, é um monumento. Críticas apressadas de jornalistas idem taxaram o filme – na época do seu surpreendente relançamento em dvd – como uma ode tresloucada ao “homossexualismo marginal”. As mesmas pessoas que produzem páginas e páginas sobre qualquer blockbuster norte-americano sofrem de calafrios ao escreverem umas poucas linhas sobre as obras-primas rodadas na esquina de suas casas. Qualquer filme brasileiro esquecido (que não renda jabaculê) vira superficial, simplista e facilmente rotulável. Pura ignorância.

Basta dizer que antes de Almodóvar, antes de John Waters, houve Antônio Carlos Fontoura. Levemente inspirado no malandro da vida real, Madame Satã, Fontoura aliou-se ao gigantismo de Milton Gonçalves – com certeza aqui, sem nenhum exagero, em uma das dez maiores interpretações da história do cinema mundial – e deu à luz um filme sublime, inovador, que ainda hoje produz indisfarçável mal-estar em quem, sentado no conforto de sua casa, o assista.

A imagem que se tem de Satã é a do “pederasta” – assim fichado pela polícia varguista de seu tempo –, undergroundtotal, com plumas, brilhos e paetês, gingado de capoeirista e apetite sexual intenso. Já a ficcional Diaba (Milton Gonçalves) guarda destas qualidades apenas algumas, pois não é o solitário réu da Lapa, cavaleiro andante de punguistas e contraventores. É dono de mais de uma dezena de bocas, controla o narcotráfico, estabelece relações maternais com o séquito de outras moçoilas, que protegem-na como os aprendizes à mestra.

Diaba é criminosa nata: aplica mão de ferro para garantir a qualidade dos serviços à população mas, por outro lado, preocupa-se em cozinhar quitutes para a marginália gay que o cerca, apavorado que estava com os traidores que tentavam acabar com sua autoridade empresarial.

O argumento de Plínio Marcos – dramaturgo, ator, dionisíaco, um vulcão, falecido em 1999 – e do diretor, Antônio Carlos Fontoura, inventa focos múltiplos de ação no roteiro escrito pelo segundo, o que tende a aguçar a vontade do elenco. Digo isso pois não apenas Milton Gonçalves é verdadeiramente indescritível, mas os bandidos, Odete Lara e a trupe de amigas (formada, dentre outros, por Perfeito Fortuna, que deu um tempo nas dunas de Ipanema para incursão ao lado menos aristocrático da cidade) assustam, brutalizam e tornam o filme um momento de lucidez, certeiro ao atingir a alma kitsch e doentia dos personagens.

Vale a pena citar a fotografia de José Medeiros – concretizando a saturação pedida pelo universo retratado –; o figurino de Ângelo de Aquino; a música, atordoante, a cargo de Guilherme Magalhães Vaz; a edição de Rafael Justo Valverde; a co-produção da Lanterna Mágica, R.F. Farias, Filmes de Lírio e Ventania Filmes – esta última do saudoso Paulo Porto, neto do cacique Ventania, que dera o nome à firma.

Antônio Carlos Fontoura é um realizador bissexto. Traz no currículo o seminal “Copacabana Me Engana “ (1968) – também com Odete Lara, estréia de Carlo Mossy no cinema – e “Espelho de Carne”(1984) – clássico da “Sala Especial”, com Dênis Carvalho e Daniel Filho em momentos de suprema intimidade. Dirigiu também programas de tv, dentre eles “Plantão de Polícia” e “Ciranda, Cirandinha”.

O trabalho de Fontoura é inspirador – porque nunca previsível –, apesar de a produção cinematográfica brasileira se ressentir da quantidade de histórias que poderiam ter vindo a público e não vingaram. Incansável, mas sabendo operar além dos grandes refletores e da badalação da mídia, Fontoura é destes mestres que a arte nacional guarda próximo ao peito, e gerações recentes procuram ávidas, em busca de informações. Ao encontrá-las, saberão um pouco mais de si mesmas e, quem sabe, das delícias da criação humana.

por Andrea Ormond, de http://estranhoencontro.blogspot.com/2005/10/rainha-diaba.html



SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 07 de junho, às 19h
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - NI

quinta-feira, 2 de junho de 2011

BURACO LGBTT

Rola no próximo sábado O Clássico Buraco de início do mês. O mês de junho vem aquecido de diversidades! Tem intervenção da Vanessa du Matu, as palavras vestidas da Poeme-se, o playlist de DJ Zeh Alsanne e o som da galera Gente Estranha no Jardim. Além dos curtas que vão circular pela temática LGBTT. Pra que ficar sozinho debaixo das cobertas? Se aquece com a gente, sai do armário da sua casa!