quarta-feira, 31 de outubro de 2012

25ª SESSÃO ONLINE DO BG

"A única vantagem dos solitários é poder ir ao banheiro sem fechar a porta" (Sérgio Porto)

TECNICOLOR

Sinopse: O individualismo no contexto de um mundo cheio de gente igual onde duas pessoas que jamais se viram, compartilham do mesmo sentimento: uma incompletude que é intensificada por uma rotina sem graça. Cinéfilos, o único momento em que se sentem mais "coloridos" é quando vão ao cinema. 

Gênero: Drama (será?)
Direção: Rodrigo Donza
Ano: 2012
Duração: 5'
País: Brasil

domingo, 28 de outubro de 2012

CARREIRAS

Metalinguagem, baixo orçamento e clima febril = Carreiras.


Carreiras diz e mostra que a ficção pode ser feita com criatividade e simplicidade, sem grandes custos e que isso deve ser estimulado. Porque filmes são feitos para serem vistos!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

5º Filme do Ciclo Buraco Junkie


CURIOSIDADES:

No 33º Festival de Gramado, em 2005, o cineasta Domingos de Oliveira lançou seu manifesto BOAA – filmes de Baixo Orçamento e Alto Astral, com o filme “Carreiras”.

O filme exemplificava, naquela época, um modelo de produção oposto ao “Gaijin – Ama-me como Sou”, de Tizuka Yamasaki – o primeiro com orçamento na casa dos mil, e o segundo na casa dos milhões.  O Festival de Gramado acabou dando quatro prêmios para “Gaijin” – Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Aya Ono) e Melhor Trilha Sonora; já “Carreiras” saiu com o prêmio de Melhor Atriz para Priscila Rozenbaum. 



“Carreiras” é um tour de force de Priscila Rozenbaum, esposa de Domingos e atriz de seus longas desde “Amores” – e co-roterista deste e de “Separações”. O filme é como um grande monólogo da atriz, ainda que conte com a atuação de alguns outros, inclusive o próprio Domingos.

Em “Carreiras”, Priscila Rozenbaum é Ana Paula, uma jornalista de 40 anos em crise na profissão. Não necessariamente por sua causa, mas pela chefia de seu programa de televisão, em que atua como âncora, que a pretere por mulheres mais jovens. 

O filme acompanha uma noite dessa explosiva mulher, ao mesmo tempo em xeque com sua carreira de jornalista e a ética – ou falta dela - que norteia a profissão, e com as intermináveis carreiras de cocaína que consome durante o período.


O extrato abaixo deu origem ao filme:


quarta-feira, 24 de outubro de 2012

24ª SESSÃO ONLINE DO BG


Do lema: Sempre confie em seus instintos.

WILDEBEEST (Gnu)


Sinopse: Dois gnus às margens do rio Mara no Serengeti
Gênero: Animação
Direção: Ant Blades
Ano: 2012
Duração: 1'
País: Inglaterra

domingo, 21 de outubro de 2012

Árido Movie

Forquilhas, pregadores de estrada, chá de índio, plantações de maconha, night club, vingança, barbas brancas, ares de Canudos = ÁRIDO MOVIE. E aí apareceu a água...Quem nunca se sentiu estrangeiro de seu próprio lugar?



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

4º Filme do Ciclo Buraco Junkie



Um dos traços mais marcantes do chamado movimento mangue beat, que ganhou popularidade na virada do século em Pernambuco, foi uma inversão na forma como os burgueses do Recife viam a si próprios. De repente, a vergonha que sentiam por viver num lugar inóspito, do ponto de vista cultural, deu lugar a um orgulho palpável por estar geograficamente próximos de um grupo de pessoas celebradas nacionalmente como renovadores de uma tradição cultural. Nesse sentido, “Árido Movie” (Brasil, 2006) é um legítimo representante da cultura mangue no cinema. O filme, vencedor do Cine PE em 2006, celebra alegremente os ícones do Pernambuco jovem dessa turma.
Em resumo, “Árido Movie” é um catálogo de imagens do que significa ser, em 2005, um pernambucano de classe média, numa faixa etária entre 20 e 40 anos, vivendo num padrão de classe média e com alguma sensibilidade artística, em uma cidade do Grande Recife: praia de Boa Viagem, bares como Casa de Banhos e Biruta, o jornalista Xico Sá, cerveja, maconha, falta d’água, calor, Marco Zero, o músico Lirinha, mais maconha, Vale do Catimbau, um serão nostálgico e afetivo, o cantor Ortinho, e mais maconha. Essa reunião de ícones traduz o ambiente em que vive a galera mangue, e o filme emula tudo isso muito bem. 
(...) A trama em si é bastante interessante, aglutinando novos e velhos elementos característicos da cultura pernambucana. O protagonista é um expatriado. Jonas (Guilherme Weber) trabalha como homem do tempo numa grande emissora de TV. Quando o pai (Paulo César Pereio) que ele não vê desde criança morre, assassinado na fictícia cidade sertaneja de Rocha, ele é obrigado a voltar a Pernambuco para enterrar o parente, metendo-se inadvertidamente numa tentativa de vingança bem típica do Sertão, arquitetada por tios, primos e irmãos (Matheus Nachtergaele, Aramis Trindade, o cantor Ortinho) que fazem o tipo “brucutus sertanejos desconfortáveis com o menino mimado da cidade grande”.
(...) Outro ponto curioso é a fotografia de Murilo Salles, um profissional que não atuava na função há 20 anos. As composições cuidadosas (excelente a tomada aérea que emoldura os créditos, na abertura), os longos planos com a câmera em movimento (alguns soando como exibicionismo gratuito, como o plano circular entre as pedras do Cachorro e do Elefante) e enquadramentos caprichados dão a impressão de uma obra sofisticada, mas por outro lado o tratamento da luz pode ser, para alguns, problemático. As cenas interiores têm iluminação quase expressionista, cheia de sombras e pontos escuros, enquanto os espaços externos são mostrados em frios tons azulados, sem a luz ofuscante que caracteriza a região. É um sertão de sonho, irreal. 
(retirado daqui)
SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 23 de outubro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

23ª SESSÃO ONLINE DO BG

"O único cinema real é o pornográfico" (Jean-Luc Godard)

UM PRA UM


Sinopse: Sem corte. Sem mudança de plano. Sem repetir o take. Sem trocar a fita. No cinema, dois mais dois são sempre cinco. Ainda mais quando a filmagem é um pra um. Entenda o perrengue técnico, estético e ético da sétima arte.

Gênero: Ficção (comédia? suspense?)
Direção: Érico Rassi
Ano: 2007
Duração: 11'
País: Brasil

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Se Nada Mais Der Certo

"Nosso medo de assumir os riscos nos deixa viciados no depois."


Grande vencedor do Festival do Rio (Filme, Roteiro e Atriz, para Abras) e do Cine Ceará (Filme, Direção, Edição e Ator, para Cauã), Se Nada Mais Der Certo foi premiado também no Festival de Brasília (Prêmio Especial do Júri) e no Festival de Cinema Brasileiro de Miami (Ator, para Reymond e Miguel).

"Um filme forte, com coragem para dizer o que é necessário, doa a quem doer e sem pedir desculpas. Uma aula de sobrevivência, mas acima de tudo, uma lição de cinema." (Robledo Milani)

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

3º Filme do Buraco Junkie

Sinopse: Os caminhos cruzados de três personagens em São Paulo: um jovem desempregado vindo de Brasília, um taxista e uma menina andrógina que sobrevive traficando droga. Sem opções em vista, eles partem para o crime.


O maior elogio que se pode fazer a Se nada mais Der Certo é a crítica social que está em seu roteiro. Como se pode ver no trailer, o filme questiona a política, o uso de drogas, e outras situações urbanas. Os diálogos são bem escritos e conseguem associar momentos de reflexão profunda com outros bem diferentes, como quando os personagens estão embriagados e têm um típico “papo de bêbado”.

O elenco é muito talentoso, garantindo que as falas funcionem em cada cena. Caroline Abras foi premiada no Festival do Rio por seu trabalho, mas Cauã Reymond (Divã) e João Miguel (Estômago) também merecem elogios às suas atuações. Além de estar diante das câmeras, Cauã encarou com primazia o desafio de narrar o filme.

Uma das armas da crítica social de Se nada mais Der Certo é a ironia, como observado nas passagens em que a trilha da peça Os Saltimbancos é usada. As canções ainda podem levar a entender que se está comparando o comportamento dos personagens a animais.

Visto que a história se passa com representantes da classe média habitando o submundo, a crítica é indireta. 

Retirado daqui.

SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 16 de outubro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

22ª SESSÃO ONLINE DO BG

Maldade absurda = divertidíssimo.

TUNE FOR TWO (Um tom para dois)


Sinopse: Dois homens, um caminho e uma canção.
Gênero: Humor Negro
Direção: Gunnar Järvstad
Ano: 2011
Duração: 2'
País: Suécia

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

2º Filme do Buraco Junkie


Transpor obras literárias para o cinema não é simples e há sempre a idéia de que muita coisa ficou para trás. Fazer isso com um livro de Jorge Amado é, talvez, ainda mais difícil, pois ele traz peculiaridades bem baianas e pertencentes à literatura sua única. Mas é em Quincas Berro D´Água que essa lógica é subvertida.
O filme é uma adaptação do seminal “A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água”, que traz a história contada pelo defunto Quincas (Paulo José), rei da boemia e sacanagem baiana na década de 50 e que morre bem no dia de seu aniversário. A trama envolve muita confusão entre amigos, parentes e mulheres apaixonadas.
Jorge Amado é aclamado mundialmente, representante de uma cultura única baiana e de tradição que perdura até hoje. Muitas de suas obras viraram seriados, novelas e filmes e isso se deve ao estilo novelístico do autor (uma fase de sua carreira, obviamente. Sua obra é extensa e cheia de fases e nuances): Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Mar Morto, Terra Sem Fim, Capitães de Areia etc etc. O livro em questão é uma ode à picardia e um tapa na cara do status quo que conhecemos como vida bem sucedida: emprego, casa, mulher e filhos. E para viver esse personagem ninguém melhor que Paulo José.
O autor dá a seu personagem uma autenticidade impressionante. Se formos levar em consideração que ele passa a maior parte do tempo morto, o resultado conseguido por Paulo e o diretor Sergio Machado é mais incrível ainda. Quincas é um boêmio diferente: chutou o pau da barraca já velho e trocou a vida pacata da cidade alta pela putaria das ruas do Pelourinho. Vive bebendo, jogando e correndo atrás das mulheres fáceis. Faz tudo isso acompanhado de sua turma: Pastinha, Pé de Vento, Cabo Martim e Curió. São eles, aliás, o grande ponto cômico da trama. Claro, a própria situação do roteiro é surreal, mas os quatro amigos estão quase impecáveis em seus personagens, cada um com uma característica diferente e, até por isso, formam um mosaico interessante.
O realismo fantástico de Jorge se materializa nas ruas de Salvador. Nesse ponto, Sergio Machado é irreparável: como bom baiano, foge dos estereótipos fáceis, sotaques exagerados e atitudes sem sentido (sim, tudo de ruim de “Ó Paí Ó”, um desastre da recente cinematografia brasileira). Machado segue a lógica Amadiana e foca sua lente na inventividade dos pobres, na ginga do povo. E faz tudo isso com muito bom humor. As cenas trazem um humor afiado, exagerado quando é para ser, e comedido e certeiro na maioria das vezes. O quarteto de amigos faz de tudo: sobe e desce ladeira, briga, bebe, come, faz algazarra, é preso, dança e corre a cidade toda. E, claro, tudo acompanhado do morto.
(retirado daqui)
SERVIÇO
    Cineclube Buraco do Getúlio
    Dia 09 de outubro, terça, às 20h
    Casa de Cultura de Nova Iguaçu
    Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
    Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

21ª SESSÃO ONLINE DO BG

QUERO SER JACK WHITE


PARA VER DIRETO DO PORTA CURTAS ACESSE http://portacurtas.org.br/filme/?name=quero_ser_jack_white1977

Sinopse: Numa tarde de verão paulistana dois adolescentes se encontram por acaso numa loja de vinis. A partir deste encontro eles irão descobrir a sexualidade ao som de  rock'n'roll. 
Gênero: Ficção (comédia?)
Direção: Charly Braun
Ano: 2004
Duração: 18'
País: Brasil