“No dia 23 de agosto de 2009,
ocasião do seu 85º aniversário, um velho cowboy do velho interior de Minas
Gerais, reuniu um grupo de amigos para comemorar o último dia de sua vida!”
A simplicidade de Minas que tem
gosto de vitamina e sol fresco é a figura de um senhor de óculos, careca. COWBOY
tem cara de quem acorda de manhã e deixa marca na cama como se experiência de
vida fosse coisa que se acumula bem devagarzinho.
“Quem pode confirmar que já
morreu todo mundo é esse espelho aí”.
O documentário acompanha a vida
de Tonico do Lico, um homem que comandou rodeios, bailes e que não hesitava
quando o assunto era briga. É um registro silencioso de sua intensidade. Com uma
bela fotografia e uma câmera fixa e estável, o filme nos dá um espelho de como o
cowboy envelheceu. Em sua reclusão e passo lento as poucas palavras são ouro.
A lentidão que a câmera acompanha
faz contraponto à agilidade que Tonico exercia nos torneios (em imagens de
arquivo) e que hoje parece apenas como registro do tempo que não está mais aqui. O tempo de
hoje do velho COWBOY é um tempo simples, captado por uma câmera que transmite
poesia em uma época onde os dias passam mais lentos porque não se tem mais tanta
pressa assim. Tonico é e sempre será o COWBOY, mas há algo nele que angustia
muitos de nós: o que há por trás do ato de envelhecer? O que se esconde de
singelo e real atrás de nossos gestos simbólicos? O documentário é uma busca
pela memória e a intimidade que construímos. O resto é poesia.
Por Hanny Saraiva
www.facebook.com/nephalins
SERVIÇO
Cineclube Buraco do Getúlio
Dia 03 de abril, terça, às 20h
Casa de Cultura de Nova Iguaçu
Rua Getúlio Vargas, 51 - Centro - Nova Iguaçu
Próximo à Estação de Trem de Nova Iguaçu
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Dia 03 de abril, terça, às 20h
Casa de Cultura de Nova Iguaçu
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